sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

9/11 até hoje

Sangue. Gota, após gota,após gota
Rio, comédia, prisma resplandecente
Infinidade infinitamente obtida,
Roubo total da sacra obra.
Chuva cristalina, desidratada
Gemido profundo de agonia
Sol escondido, tempestade eléctrica
Abate celulósico de toda a crença.
Palhaços, obras canibais
Erupção do íntimo profundo
Casas, hotéis, bacanais
grades, celas, torturas...
E o primeiro insurge-se sobre o segundo
Sou o mestre, o rei, o imperador
E o outro, pobre criança, pobre futuro
Destrói o passado sem pestanejar
Mas o segundo é primeiro e o primeiro segundo
É a aceite régua quem o diz
Mas em vez de se aceitar a harmonia
Opta-se pelo cume e não pela base.

Abaixo o imperialismo pós moderno!
Abaixo as convicções enraizadas!
Sejamos todos cegos por um momento
E assim todos veremos a verdade.

Dicotomia

A Natureza é feita aos pares
Cada qual no seu posto
Porquê escolher então
O que está mais ao nosso gosto?

Temos o dia e temos a noite
Temos o azar e temos a sorte
Podemos então assim escolher
antes a vida, à morte?

Temos também a dicotomia
Felicidave Vs tristeza
Mas na realidade não são ambas
Partes fundamentais da natureza?

O Homem só quer o positivo
esquecendo-se do lado contário
Mas o negativo também está presente
E como os outros é extraordinário.

Aceitar o mundo como ele é
É mais que tudo ver a verdade
Pode custar, pode ser duro
Mas só assim haverá felicidade.

Aceita o mundo e dele serás senhor!!

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Teatro de Fantoches

A chama é o fogo que me ilumina
Fosse palpável e não faltariam encomendas
Mas não passa de uma ilusão...
A vida é uma ilusão.
Qual teatro de fantoches
Com cenários fantasiados
Onde nos enfiam uma mão por nós a dentro
e nos obrigam a representar.
Acreditas em tudo o que vês?
E no que não podes ver?
Não! Basta!
Basta de nos cegarem de música e sol!
Chega de mensagens para o nosso bem!
Se cairmos, caímos
Levantemos-nos ou não já não é problema vosso.

A cova abre-se com o nascimento,
Preenche-la é a nossa missão,
Deixem-nos escolher como e quando dar o salto

(in)dentidade

Quem és? Como te chamas?
Depende do sítio onde perguntas...
Como te chamas aqui?
Depende de onde é aqui...
Que tipos de nomes costumas ter?
Conjugações das dez letras...
Dez? Mas não eram 27?
Não...
Diz-me um dos teus nomes.
Completo?
Sim, pode ser...
Não posso!
Porquê?
Porque o infinito está contido no finito?
Mas o teu nome é infinito?
Nomes...
Sim, nomes, são infinitos?
O infinito está contodo no finito...
Então como te vou chamar?
Como quiseres, tenho tantos nomes que já não faz diferença!

Sim ? ! ? ! ? !

E depois?
O que tens a ver com isso?
Deixa-me
Já estou farto de te aturar.
Que melga pá!
Não tens mais nada para fazer?
Vai dar banho ao cão...
Fodasse!!!
Tiras-te o dia para me chatear?
Vai, desaparece!

Mas depois de ires, volta para mim...

Contrário do Contrário

Chove e sorrio
A escuridão é a minha luz,
O meu rio.

Faz sol e escurece
E esta escuridão envolve-me
e não desaparece.

Está escuro e a luz é um mundo
Escuro, embora luminoso
não o quero nem um segundo.

Luz que matas a negra flor
Vai! Não te quero ao meu redor.
Deixa a escuridão iluminar
o que ainda em mim está a imaginar.

Chuva que és a minha amada
Fica comigo dia, noite e madrogada...

Como o viverias?

Fosse hoje o dia da passagem
Como o gostariam de viver?
Vive-lo-iam à imagem
Da mntira que sempre quiseram ver?

Optariam por em familia o passar
ou o importante são os amigos?
Ou então ir à igreja rezar
E assim, em paz, perdoar os inimigos?

E optar então por ir gastar
Todo o dinheiro que ainda houver?
Ele é vosso, quem se iria importar?
E seria divertido a valer!

Mas e que tal organisar convenientemente
O dia seguinte, o funeral?
Fazer algo solene, certamente
Ou então um verdadeiro carnaval.

Poderiam ainda optar
Por no mundo deixar a vossa memória
Mas como fazer alguém reparar
Numa coisa tão irrisória?

Se amanhã fosse o dia da passagem
Hoje já a passagem estava feita...
Então para quê ralarmo-nos?

Povo Torturado

Não vos dou com o chicote
Nem vos ordeno a bota de madeira
Não vos prendo ao barrote,
Para tortura já vos basta a cegueira.

Os odores estão à vossa frente
E já nem vontade há de cheirar
Talvez um dia, de repente
Notem o quanto a segueira se está a lastrar.

Não tenho pena, até gosto
Uma boa piada faz bem à alma
E as gentes deste país, até aposto
Curada a segueira já ninguém a acalma.

Depois disso a sentença á a fogueira.

A Voz do Poeta

Não tenho cepto nem chicote
Nem tão pouco coroa dourada
Não tenho insignia ou laçarote
Mas a minha voz vai ser escutada!

Não sou nobre nem realeza
Nem mesmo pessoa muito grata
Sou efemero, com certeza
Mas que a minha voz nunca se esbata!

Não sou nada nem ninguém
Pois a verdade já não desperta
O que importa é que alguém
Leia e entenda a voz do poeta!

Uno

Na multidão me encontro uno
A multidão abafa meu grito
Na multidão, abismo profundo
Uno estou e nisso acredito.

As personagens deste romance
Romanceiam impossibilidades
Para além do que a vista alcança,
Mais que tudo realidades.

Nem de dia nem de noite
Não há mais forma de fugir
Falta de vontade, falta de sorte
Até o fim, por fim, se concluir.

Vislumbres

Não há suficiente sangue no mundo
capaz de me tirar deste coma profundo,
nem medicamentos ou técnicas inovadoras
me irão por fim ressuscitar.

Pois a patologia de que padeço não tem cura
A patologia chama-se existência, a minha existência!
E essa só se poderia curar se não existisse
nem nunca tivesse existido
pois nem a morte acabará com tanta energia negativa
que o meu ser é capaz de criar.

Enterrem-me, incinerem-me, apaguem todos os meus registos
Mas mesmo que me esqueçam por completo
A energia negativa de mim emanada em vida
há-de absorver mais até criar tal buraco negro
que toda a existência aniquilará.

Isto não é uma ameaça, é um vislumbre do próprio futuro.

Até sempre!

Voltar à carga

Ora bem ainda à pouco aqui deixei um post a dizer que ia voltar a escrever em breve ora bem o breve passou a ser agora. Tenho praki uma carrada de coisas escritas à imenso tempo para partilhar. Apreciem ou não aqui vai...

Ano Velho

Começou mais um ano...
Yupiii... Ou não...
É tão tipico mesmo clichê desejar coisas novas e positivas para o novo ano e tal... Mas ninguém se lembra do pobre e triste ano velho que coitadinnho como já passou ninguém quer saber dele é despresado...
Lembrem-se do ano passado, tenham respeito por ele, ele também tem sentimenos!!!! lol
Bem isto tudo só para dizer que apesar de isto andar um bocado parado não anda abandonado...

Me Aguardem...

Bom ano.