terça-feira, 24 de abril de 2007

Merda

Num poema tento descrever
a solidão que tanto me sofoca
Só me surgem anedotas poéticas
de quem não sabe o que faz.
O tema esse é desconhecido
embora eu o bem conheça
Segue.me qual cão de guarda
para tudo quanto é lugar.
Não aspiro a ser poeta
Oh! Que profissão mais triste
Nunca ser verdadeiramente compreendido
nem pelos outrs nem por nós...
Sinto-me só e só estou
pois a solidão é interior.
Não gosto do que digo e faço,
Não gosto do que vejo e ouço
sou eu e não sou ninguém.
Sou uma criança que nunca cresceu
mas que adulto assim se tornou,
Sou o chão que todos pisam
e a doença deste mundo,
Sou tudo e não sou nada
sou o mal e o pior,
E assim me aguento.
Este poema é uma merda!
Mas é o poema quem eu sou.

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